30.6.20

SOBRE SER MÃE

Como trabalho principalmente com mulheres surgem conversas de muitas áreas e percebi que dentro da da maternidade ainda há muitos tabus.

Tabus sobre as mulheres que não querem ser mães; sobre as mulheres que querem ser mães solteiras e recorrem à inseminação artificial; sobre as mulheres que detestam o seu corpo quando estão grávidas; sobre as mulheres que não gostam de estar grávidas; sobre mulheres que estão num relacionamento onde o companheiro já tem filhos, sobre as mulheres que perdem os seus bebés... 

Sobre estas últimas são tantas as histórias que resolvi partilhar uma parte da minha, porque afinal também me incluo nelas.

Quando é que a mulher se torna mãe?
O que faz de uma mulher uma mãe?

Ao contrário do que muitas vezes se lê, uma mãe não nasce quando pega no seu bebé pela primeira vez depois do parto, porque há muitas mulheres que adoptam e não passam por essa experiência, enquanto que há mulheres que a têm e depois rejeitam os seus filhos. Há também aquelas que se sentem infelizes e frustadas com a sua vida e que usam os filhos como arma para ferir o pai, ignorando qualquer malefício que possam provocar na saúde emocional das crianças. 

Ser mãe é um conjunto de características e emoções que vão muito para além da palavra ‘mãe’. Ser mãe é altruísmo. É um abdicar tão forte do ‘eu’ que deixa de haver espaço para egoísmos. Ser mãe é responsabilidade. Tudo passa a ser feito em função daquele ser tão puro, um diamante em bruto que vai ser lapidado com os valores e princípios que lhe incutirmos. Ser mãe é protecção e amor. É sentir pela primeira vez o que significa a palavra medo.

Mas ser mãe também é ter momentos de frustração, desespero e raiva, que surgem pela privação de sono, pelo não saber lidar com emoções, as suas e as da criança, pela insegurança e dúvida de saber se se está a fazer o certo.

É aqui que te digo que, ao contrário do que ouves, não existe o certo ou o ideal. Só tens que te guiar pela intuição e acreditar que a natureza sabe sempre o que faz.


Onde a minha história se encaixa nisto?
Porque faço parte do grupo de mulheres que acolhe os filhos do companheiro, e que sim, é uma posição ingrata porque não pretendemos ocupar o lugar da mãe, mas ao mesmo tempo temos a responsabilidade de dar um bom exemplo e incutir valores, já que as crianças passam a estar na nossa casa, e integrar-se na nossa rotina e família. 

É amar alguém que não é nosso mas que de certa forma nos pertence e faz parte da nossa vida. Não, não é fácil, mas quando é feito com verdade a vida mostra-nos o caminho e torna-se muito gratificante.

Depois, também faço parte do grupo de mulheres que perdem os seus bebés.
Nunca planeei ser mãe, mas a vida decidiu surpreender-me. Engravidei, e tal como a minha mãe passou comigo, a minha gravidez era de risco. Tentei cumprir todas as recomendações médicas e levei-a até onde foi humanamente possível, ficando deitada por muitas semanas numa cama em casa e depois no hospital. 

Quando entrei no quinto mês uma infecção fez com que começasse a perder o líquido amniótico e os médicos disseram-me que tinha que interromper a gravidez. Doeu ouvir, mais ainda sabendo que o meu bebé estava saudável. Foi muito difícil tomar a decisão. Foi difícil engolir aquele comprimido que ia parar o seu coração, e foi igualmente difícil passar pela dor de fazer um parto vaginal e não poder ter o bebé nos braços, o meu Gabriel. Mas foi ainda mais difícil olhar para o espelho no dia seguinte ao parto e já só ver um novamente.

Fica um vazio.

Foi um período muito emotivo da minha vida. Chorei, contestei, orei, mas também sorri imenso, porque me senti abençoada por aquele breve momento em que uma alma me escolheu para mudar a minha vida.

Como as pessoas não sabem como agir contigo, a frase que mais diziam para confortar é um ‘não tinha que ser’, acompanhado de um encolher de ombros e um meio sorriso, mas para mim ‘foi mesmo assim que teve que ser’.

Perdas gestacionais são mais comuns do que se imagina. Há estatísticas que apontam para 3 perdas em cada 10 gestações, só que poucas mulheres falam disso, por vergonha, por culpa, mas sobretudo porque vem associado a muita dor emocional. Estas perdas podem acontecer por diversos fatores, infecções como o meu caso, malformações congénitas, morte espontânea em gravidezes avançadas sem qualquer explicação.

É também frequente mulheres nem saberem que perderam os seus bebés, porque estão numa fase tão inicial que a perda se confunde com a menstruação, principalmente se a mulher tiver o seu ciclo irregular. Não é culpa da mulher, maioritariamente estas perdas acontecem por malformações e a natureza age naturalmente.

Por isso é tão importante falarmos deste assunto, mostrar a outras mulheres que não estão sozinhas, que podem e devem falar sobre o que experienciaram e sentem.

Queria só transmitir-te que independente do que escolhes para ti, ou do que acontece na tua vida, não és menos mulher, não és menos mãe, e não estás sozinha. Se alguém te fizer sentir o contrário, lembra-te que essas palavras dizem muito mais sobre a pessoa que as faz do que sobre ti.

Confia.

Com amor,
Ana

27.6.20

BOLO DE CENOURA FÁCIL

Ficar isolada em casa durante estes três meses trouxe-me muitas coisas positivas, uma delas foi conseguir dedicar-me mais aquilo que tanto gosto, cozinhar e ensinar a cozinhar.

Aproveitei que Luis andava a salivar por um bolo de cenoura, por ver tantas receitas a circular nas redes sociais, que peguei nos ingredientes que tinha em casa e saiu esta. O bolo ficou tão delicioso que já repetimos algumas vezes.

INGREDIENTES para o bolo
4 ovos
4 cenouras pequenas
200g de farinha para bolos
100g de açúcar amarelo
50g de proteína vegetal
100ml de bebida de aveia sem açúcar
1 c. chá de fermento
1 c. sopa de canela

PREPARAÇÃO
Pré aquece o forno a 180°.
Tritura as cenouras cruas e bater com os ovos.
Acrescenta o açúcar e continua a bater até a massa ficar homogénea e borbulhar.
Junta a farinha, a proteína, o fermento e canela e mexe.
Acrescenta a bebida e envolve até a mistura ficar homogénea.
Leva ao forno por 40min ou até que a tua casa cheire a bolo.

INGREDIENTES para a cobertura
1/2 tablete de chocolate 85%
1 c. sopa de manteiga de coco
Derrete o chocolate com a manteiga em banho maria, e cobre o bolo depois de ele arrefecer.


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Com amor,
Ana

24.6.20

IMPORTÂNCIA DE SABER RESPIRAR

Tenho vindo a escrever sobre a importância da respiração, principalmente neste momento em que todos andamos mais ansiosos.

Aqui em casa estamos a fazê-lo com meditação e yoga, o Luís acompanha-me e temos praticado ao final do dia. Tem-me ajudado imenso porque passo muitas horas sentada em frente ao computador.

Cuidarmos da alimentação e exercício físico é importante, mas termos atenção à nossa respiração é fundamental para nos reequilibrarmos emocionalmente, tanto que é um dos 5 elementos que trabalhamos no nosso programa 5 dias detox.

Para além de contribuir para reduzir o nosso stress e ansiedade, uma boa prática de respiração ajuda também a:

🌸 PROMOVER O CONDICIONAMENTO FÍSICO
As posturas e técnicas melhoram a resistência e fortalecem os músculos.

🌸 CONTROLAR A PRESSÃO E BATIMENTOS CARDÍACOS
Como melhora o funcionamento do coração e pulmões, regula o sistema nervoso e melhora a circulação sanguínea, batimentos do coração, tensão arterial, e ajuda a equilibrar o sistema endócrino.

🌸  MELHORAR A QUALIDADE DE SONO
Yoga aumenta a produção de melatonina, a hormona que regula o ciclo do sono, deixando-o com mais qualidade e profundidade. Ao termos o corpo mais relaxado também faz com que o descanso seja melhor e acordamos com mais energia e boa disposição.


Existem imensas aplicações gratuitas, é só procurares. Não há desculpas.

Já praticas esta atividade?


Com amor, 
Ana

22.6.20

SOBRE MUDANÇA

Nunca fui uma pessoa de questionar, tomava decisões na minha vida quando era forçada a tal e assim ia vivendo, ou sobrevivendo.

O momento em que percebi que me faltava algo, foi quando por acaso (se acreditarem em acasos) encontrei o mundo das gurus de beleza no YT em 2011 e, fiquei tão encantada, que criei logo este blog onde escrevia sobre beleza, alimentação, e mostrava um pouco da minha vida pessoal. Ainda aqui está, e mesmo tendo estado a hibernar por tanto tempo tem quase 1 MILHÃO de visitas.

Pela primeira vez senti uma paixão intensa por algo. Acordava e deitava-me a pensar no que podia partilhar com o mundo, a imaginar como poderia fotografar os produtos. Conheci muita gente incrível, com quem ainda hoje mantenho contato. A internet tem destas coisas maravilhosas.

Aos poucos comecei a olhar para a minha formação e trabalho em arquitetura como algo pequeno. Aquilo não me preenchia, não me surpreendia mais, foi fácil desligar-me dela quando realmente percebi que eu não tinha nascido para aquela profissão.

Não me arrependo. Todas as escolhas que fiz na minha vida foram importantes, e colocaram no meu percurso pessoas que me ajudaram a crescer. Afinal, só somos o que somos hoje por causa das nossas escolhas.

Foi aquele hobbie que me fez apaixonar por mim, querer SER MAIS. E quando entramos numa vibração positiva as ferramentas aparecem. Encontrei uma comunidade que me ensinou a cuidar da minha alimentação, mudei o meu corpo através do exercício, e a minha mente com livros e audios motivacionais.

Nos últimos 4 anos fiz formações em coaching, mentoria e estudo nutrição e marketing digital. Comecei a sentir-me tão bem que hoje ajudo outras mulheres, e homens também, que estão em processos semelhantes ao meu. Encontrei o meu propósito.

A maior parte quer emagrecer ou tonificar, outra parte precisa de mais amor próprio, outra parte precisa de conseguir parar e respirar, e tantas outras partes precisam de tantas outras coisas.

Escrevo esta mensagem apenas para te ENCORAJAR A MUDAR sempre que achares necessário. São as novas experiências que nos enriquecem, nos ajudam a evoluir. E se precisares desse empurrão estou aqui.



Partilhas este texto com aquela pessoa que precisa de ler isto? 💖

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20.6.20

PÃO BRANCO OU ESCURO, QUAL O MELHOR?

O pão é fonte de hidratos de carbono mas, dependendo do tipo de farinha que escolhemos, torna-se fonte de fibra, proteína, vitaminas e minerais.

Um pão feito com farinha refinada, tem menos fibra e um índice glicémico mais elevado do que um pão preparado com farinhas integrais. Ou seja, um pão mais escuro mantém os níveis de glicémia (açúcar no sangue) estáveis durante mais tempo, dá-nos mais saciedade e é mais nutritivo.

💡 Mas temos que estar atentos às ofertas no mercado! Há muitos pães de sementes, fit, lowcarb, glúten free ou bio, que estão carregados de sal, açúcar, óleos ou aditivos que são muito prejudiciais para a nossa saúde. Quanto mais extensa for a lista de ingredientes de um pão mais devem fugir dele.

Então, qual é o melhor pão?
A composição do pão deve ser simples: água, fermento, sal e farinha. Se a farinha for menos refinada melhor. Centeio, aveia, trigo integral e espelta são boas opções. Para além disso, deve ser denso. Esta é a melhor forma de ter a certeza que consomes uma versão amiga da dieta e da saúde.

Por isso, se não tens nenhuma intolerância ao glúten, e diariamente comes porções de hortícolas e cereais integrais, não há razão para que não possas incluir, de forma equilibrada, a farinha de trigo na tua alimentação.


RECEITA (8 bolinhas)

ingredientes
4 chávenas chá de farinha de trigo
2 c. café de fermento granulado
1 c. chá de sal fino
2 chávenas de chá de água morna

preparação
Coloca todos os ingredientes secos num recipiente grande e mistura-os.
Acrescenta a água e envolve com uma colher de madeira.
Tapa com plástico aderente e deixa fermentar de 8 a 10h.
Pré aquece o forno a 250ºC.
Coloca um pouco de farinha na bancada e por cima a massa já fermentada.
Coloca papel vegetal num tabuleiro.
Molda pequenas bolas de massa e coloca-as no tabuleiro.
Leva a cozer por 15 a 20min.


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Com amor, 
Ana